Mulheres ampliam participação no universo de games e querem mais

Mulheres ampliam participação no universo de games e querem mais

As mulheres estão presentes na indústria gamer desde a invenção do primeiro videogame, a questão de não serem protagonistas nela é totalmente cultural.

Mulheres do meio afirmam que este afastamento do cenário acontece comumente para evitar comentários ofensivos e machistas. Isto, mesmo com 45% dos gamers sendo mulheres no Brasil, de acordo com a Forbes. Dados da Pesquisa Game Brasil apontam até mesmo um número superior ao masculino: 51% da participação feminina.

[exactmetrics_popular_posts_inline]



Em Bragança Paulista, este número tende a ser menor. Um levantamento realizado pelo Em Pauta na Studio Games Bragança, loja localizada no Bragança Garden Shopping, indica que a cada dez gamers adolescentes/adultos, duas são mulheres. Essa proporção aumenta um pouco nas crianças, indo para três em cada dez.

Giovana Silva Andrade, atendente da Studio Games Bragança representa uma das milhões de mulheres que fazem parte da metade do público do universo gamer. “Estou neste universo desde que me entendo por gente. É um ambiente que cada vez mais a mulherada está inserida. Vejo muitas mulheres engajadas, fazendo campanhas. Nos campeonatos, também está ocorrendo esse movimento, dando visibilidade para as mulheres, mas ainda falta bastante para chegar no nível que a gente quer chegar. Os homens estão muito à frente na visibilidade e no destaque no cenário”, afirmou ao Em Pauta.

VISIBILIDADE É MENOR

Em contrapartida, a Forbes indica que apenas 5% do total de influenciadores nas principais plataformas são do sexo feminino. E apenas 3% dos influencers mais bem pagos da Twitch são mulheres, diz o levantamento da MoreYellow.

Após sofrer diariamente com isso, a streamer Ingrid Paixão decidiu criar um grupo de apoio, cujo intuito é a união de mulheres gamers do Brasil todo.

“Os homens estão o tempo todo nos desmerecendo, seja pela roupa que vestimos, pelo cabelo, pelas nossas falas, todos sabem que as mulheres não tem tanto privilégio no cenário igual os homens, se existir 4 mulheres no mundo todo que tem a quantidades de views que os maiores streamers homens da twitch, ainda é muito. É bem difícil a vida de uma streamer mulher na plataforma, por que é o tempo todo machismo e desmerecimento em cima da gente”, contou a Ingrid Paixão, conhecida como “Baianinha”.

Ela tem mais de 220 mil seguidores na plataforma, que é um serviço de streaming de vídeo ao vivo que se concentra em jogos online, incluindo transmissões de competições de esportes eletrônicos.

“Eu sempre fui muito viciada e amante de jogos online, por conta do meu pai sempre gostar bastante de games, isso acabou entrando na minha cultura diária desde os meus 6 anos de idade. Nunca vou desistir do meu sonho, mesmo com comentários machistas e maldosos, e quero que outras mulheres se sintam assim também, por isso decidimos criar esse grupo, que será lançado no próximo mês de maio”, finalizou Ingrid.

EDUCAÇÃO NO MUNDO DOS GAMES

Além da possibilidade do entretenimento, o mundo gamer tem uma grande possibilidade de áreas de atuação. Uma delas é a Educação.

De acordo com Fred Zenorini, professor e sócio-proprietário da Studio Games Bragança, os cursos da empresa “visam desenvolver habilidades de criação e desenvolvimento de conteúdo, ferramentas de trabalho com redes sociais e streaming no universo gamer, além de habilidades em jogos competitivos no cenário de eSports”. De acordo com ele, de um total de 25 alunos matriculados, no momento apenas uma mulher está matriculada.

📲 Receba notícias no seu celular pelo WhatsApp do Jornal Em Pauta ou Telegram
📲 Siga o Bragança Em Pauta no Instagram e no Twitter




Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *