No mês da mulher: CREA-SP analisa quem faz história e constrói o futuro

Neste mês de março, em que comemoramos, no dia 8, o Dia Internacional da Mulher, o CREA-SP convida à reflexão sobre as ações realizadas ao longo do ano em prol da equidade de gênero e da promoção do protagonismo feminino.
A entidade reforça que ainda há um longo caminho a percorrer nesse sentido, mas também destaca a importância de celebrar as conquistas já alcançadas.
Quem trabalha com Engenharia, Agronomia, Geociências, Tecnologia e Design de Interiores sabe que há um exemplo claro e real do que é possível alcançar ao integrar diversidade à governança corporativa e às políticas públicas. Isso porque o CREA-SP, maior conselho de fiscalização profissional da América Latina e o maior representante das profissões da área tecnológica no Brasil, é atualmente liderado por duas mulheres.
Isso mesmo: a engenheira civil Lígia Mackey é a presidente, e a engenheira agrônoma Marília Gregolin foi eleita vice-presidente da autarquia. “Já foi inédito que, em praticamente 90 anos de existência, o CREA-SP elegesse uma mulher para presidir a autarquia entre seus 370 mil profissionais registrados. Além disso, este Conselho conta também com uma vice-presidente. Esses feitos, contudo, não são isolados. São resultados que demonstram o potencial transformador de repensar as estruturas tradicionais, buscando meios de garantir uma participação efetiva das mulheres no mercado de trabalho e em posições de liderança”, ressalta a entidade.
O CREA-SP convida todos, durante este mês, a revisitar a história e conhecer trajetórias de mulheres como Enedina Alves Marques, primeira engenheira negra do Brasil, e Dorothy Johnson Vaughan, engenheira americana pioneira no desenvolvimento da tecnologia aeroespacial.
Ainda entre as mulheres que merecem destaque, a entidade cita Florence Bascom, a segunda mulher a obter um doutorado em Geologia nos Estados Unidos, e a dinamarquesa Inge Lehmann, geóloga e sismóloga que descobriu os núcleos interno sólido e externo líquido da Terra. Já a britânica Beatrice Shilling utilizou a Engenharia, na época da Segunda Guerra Mundial, para solucionar um problema no motor dos aviões de combate. Anos mais tarde, foi a vez da engenheira Mae Carol Jemison se tornar a primeira astronauta afro-americana a ir ao espaço.
“Elas são apenas algumas entre tantas que inspiram meninas e mulheres até hoje. O poder da pluralidade que carregam se mostra infinito ao servir de legado para gerações futuras”, afirma o CREA-SP.
Vale lembrar, ainda, que o impacto da gestão feminina na saúde organizacional e no desempenho dos negócios é real. Uma pesquisa conduzida pela FIA Business School, com mais de 150 mil participantes de 150 empresas, revelou que 79% dos entrevistados confiam totalmente em suas CEOs, ante 72% que disseram o mesmo sobre os CEOs homens.
Por isso, Lígia Mackey e Marília Gregolin, que estão à frente do CREA-SP, ressaltam que, como profissionais da área tecnológica, têm o compromisso de “dar visibilidade ao assunto e provocar essa reflexão em toda a classe. Discutir e ressaltar a diversidade é um posicionamento humanitário, consciente e sustentável, que evidencia a preocupação com o futuro que construímos. Uma consciência que precisa estar intrínseca a tudo”, afirmam.
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