Por 9 votos a 8, vereadores livram vereador do PSD da Comissão Ética

Por 9 votos a 8, vereadores livram vereador do PSD da Comissão Ética

Entre o final da tarde e início da noite desta terça-feira (10), a Câmara Municipal de Bragança Paulista votou o pedido de investigação contra o vereador Ismael Brasilino, do Partido Social Democrático (PSD), sobre a acusação de intolerância religiosa.

O pedido para que Ismael fosse encaminhado ao Conselho de Ética havia sido protocolado por meio de um abaixo-assinado com cerca de 70 assinaturas, após uma postagem sua nas mídias sociais.

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Na Sessão Ordinária, o político foi afastado do momento da votação de sua acusação e foi substituído por Juma Cabeleireira, também do PSD. Aliás, Juma foi a primeira vereadora a se posicionar favorável ao encaminhamento à Comissão de Ética.

ISMAEL PEDE DESCULPAS

Primeiro a fazer uso da palavra, o acusado Ismael adotou uma postura complementarmente distinta do posicionamento usado nas mídias sociais, onde tratou o assunto como uma “grande polêmica” e optou por utilizar a tática de descredibilizar uma das denunciantes, uma mulher.

Na tribuna, Ismael resolveu pedir desculpas aos praticantes de religiões de matriz africana.

“ A intenção em fazer um post com aquele sentido foi ironizar a questão política e jamais a religiosa, posto que eu sou um religioso. Eu quero dizer aos senhores e principalmente a todos que vieram aqui, quero pedir a minha mais humilde desculpas por ter de alguma forma desrespeitado a religião dos senhores. Posto que não foi minha intenção”, disse Ismael, em um rápido discurso.

JUMA DEFENDE INVESTIGAÇÃO

Após o acusado se defender, Juma, suplente de Ismael, começou seu discurso pontuando uma questão constitucional. “A soberania e o reconhecimento de nossa Constituição Federal, onde a mesma declara que nosso Estado é laico, garante o direito de todas as manifestações, cultos e crenças religiosas.”, disse.

Na sequência, se posicionou sobre a acusação de intolerância religiosa. “O motivo da pauta e da denúncia apresentada é respaldada pelo Código Penal Brasileiro, onde se constitui a prática de intolerância religiosa como crime. Não se trata aqui do livre direito de se expressar ou opinar… A forma como foi exposto a entidade denominada ‘Zé Pilintra’ usando um trocadilho e colocando a entidade como ‘Zé Pilantra’ já constitui na prática de intolerância religiosa”, argumentou Juma, complementando que votaria favorável a investigação.

Na sequência, vereadores se intercalaram na tribuna, manifestando-se de forma contrária ou favorável ao pedido de investigação. Por fim, o placar terminou em 9 a 8 pelo não recebimento da denúncia.

A VOTAÇÃO 

Votaram contrários à denúncia de intolerância religiosa: Cláudio Coxinha, Fábio Nascimento, Marcos Roberto dos Santos, Missionária Pokaia, Natanael Ananias e Sidiney Guedes, da “Bancada Evangélica”, além de José Gabriel, Marco Leitão e Miguel Lopes.

Favoravelmente à investigação e encaminhamento ao Conselho de Ética, votaram: Camila Marino, Jocimar Scotti, Juma, Juninho Boi, Marcolino, Quique Brown, Rita Leme e Tião do Fórum.

A vereadora Fabiana Alessandri não compareceu à Sessão Ordinária e a presidente Gi Borboleta só votaria em caso de desempate.

Na mesma data, foi admitido pelo Legislativo a investigação no Conselho de Ética do vereador de oposição Quique Brown, acusado de quebra de Decoro Parlamentar pela também vereadora Camila Marino, do Grupo Chedid. Em  breve matéria também será publicada sobre o assunto.

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