Vereadores incentivam protestos e apagam posts em seguida
Dois vereadores de Bragança Paulista fizeram postagens incentivando os protestos que acontecem desde ontem (31) em Bragança Paulista e região e é liderado por bolsonaristas descontentes a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em seguida, tanto Ismael Brasilino (PSD) quanto Juninho Boi (PSB), apagaram as postagens.
Ismael Brasilino que ficou sem legenda quando o presidente Jair Bolsonaro deixou o PSL- Partido Social Liberal, foi abrigado no PSD – Partido Social Democrático, do advogado Basílio Zechinni Filho, pra poder disputar as eleições de 2020. Um dos líderes do bolsonarismo em Bragança Paulista, ele, orientou o descumprimento de mandados judiciais.
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Ismael escreveu em suas redes sociais: “‘Iluministro’ Moraes acha que tem poder de decidir funções do executivo. Não tem. Ordens ilegais não se cumprem”.
Já Juninho Boi que é do PSB – Partido Socialista Brasileiro, partido do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, postou “Bom dia pessoal, recebi essa mensagem agora de manhã. Se for verdade BRAGANÇA VAI PARAR também” e com um emoji da bandeira do Brasil, divulgou um print de horários de possíveis protestos no município. Juninho Boi foi chefe da Divisão de Juventude, na administração do Partido dos Trabalhadores (PT) em Bragança Paulista e ex-candidato a vereador do partido de Lula.
Pouco tempo depois, no entanto, ambos os vereadores apagaram as postagens e não publicaram nenhum esclarecimento, sobre o motivo do sumiço dos posts.
ACUSAÇÃO DE INTOLERÂNCIA RELIGIOSA
Esta não é a primeira vez que Brasilino apaga uma publicação, após repercussão negativa. Em abril de 2022, ele divulgou uma imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com duas guias (objeto utilizado em religiões de matriz africana) e uma imagem de Zé Pilintra, mentor da Umbanda e de outras religiões e o presidente Jair Messias Bolsonaro segurando uma bíblia. Acompanhando as fotos a frase: “Ou o ‘Zé Pilantra’ ou a bíblia. Eu fico com a bíblia com certeza”.
Um pedido de investigação foi protocolado na Câmara Municipal, por cerca de 70 pessoas, sob acusação de intolerância religiosa. E, em maio de 2022, Brasilino acabou se livrando do processo na Comissão de Ética, por 9 votos a 8.
Já em outubro, Caique Lacava (RENAFRO) e Tata Felipe (Coletivo de Palmares), representantes de religiões afro-brasileiras estiveram no Fórum de Bragança Paulista a fim de protocolar um abaixo assinado com 1.634 assinaturas de pessoas que dizem ter se sentido ofendidas, pedindo a cassação do vereador por causa de intolerância religiosa e sua responsabilização, bem como pedir informações sobre o andamento do caso na Polícia Civil, já que na época foram lavrados diversos boletins de ocorrência sobre o fato.
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