Amauri adia projeto de venda de terreno da antiga Unimed

Amauri adia projeto de venda de terreno da antiga Unimed

O polêmico projeto que autoriza a Prefeitura de Bragança Paulista a realizar a venda de imóveis urbanos de sua propriedade à iniciativa privada, entre eles o terreno do antigo Hospital da Unimed, localizado na Avenida Salvador Markowicz, na cabeceira do Lago do Taboão foi adiado por uma semana na Câmara Municipal.

O Projeto de Lei Complementar n°17/2023, de autoria do prefeito Amauri Sodré estava na pauta de votação da 32ª Sessão Ordinária realizada na tarde de terça-feira (19), mas foi adiada em uma semana, a pedido da Prefeitura.

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GRUPO CHEDID RACHADO?

O Em Pauta apurou que o Grupo Chedid que costuma votar em forma coesa os projetos enviados pelo prefeito Amauri não estava unido desta vez. Inclusive, parte da base se recusou a participar de uma reunião preliminar, antes da sessão da Câmara. Aliás, por causa desta reunião secreta a sessão começou atrasada em 34 minutos.

Às 14h47,  ou seja, 13 minutos depois, a presidente Gi Borboleta colocou o projeto em pauta, apresentando duas emendas que foram aprovadas por unanimidade. As emendas eram de ajustes burocráticos no PLC.

LIGAÇÃO E ADIAMENTO

Foi então às 14h49 que Mauro Garcia Banhos, chefe da Divisão de Assuntos Parlamentares da Prefeitura e ex-assessor do deputado estadual Edmir Chedid, recebeu uma ligação em seu celular. Na sequência, avisou o vereador Sidiney Guedes que era para ele solicitar o adiamento do PLC. Guedes teve uma diálogo rápido com Gi Borboleta e então pediu oficialmente o adiamento do projeto da pauta de votação.

Quique Brown, disse que não havia necessidade de adiamento, já que as respostas da Prefeitura sobre os questionamentos do dia anterior na Audiência Pública não haviam chegado. Por isto, queria votar imediatamente o PLC e votar pela rejeição.

Marcolino concordou com o adiamento e mais uma vez solicitou que o terreno da antiga Unimed seja retirado da relação.

ADIAMENTO APROVADO

O pedido de adiamento foi aprovado com somente 2 votos contrários (Quique Brown e Miguel Lopes) e o tema deverá voltar ao debate na Sessão Ordinária da próxima terça-feira (26), caso não seja retirado pelo prefeito Amauri Sodré.

Para ser aprovada, a matéria precisa do voto sim de dois terços dos vereadores, ou seja, 12 parlamentares.
Até o momento a Prefeitura não explicou por qual motivo abandonou o projeto de realizar um equipamento de saúde no local, conforme anunciado pela Secretaria de Comunicação e passou a tratar o espaço como “inservível” – de acordo com o texto do PLC.

ÁREA NOBRE INSERVÍVEL?

O terreno está localizado em uma das áreas mais nobres de Bragança Paulista e, por isso, os vereadores Marcolino e Quique Brown, por exemplo, ressaltam que ele não é inservível como alegou a Prefeitura.

Já o líder do prefeito, vereador Sidiney Guedes, por sua vez, chegou a dizer em Audiência Pública que este seria “o pior terreno”, alegando que ninguém quis arrematá-lo judicialmente.

Vale lembrar, no entanto, que se um empresário arrematasse o local anteriormente na Justiça, teria que contar com medidas judiciais para retirar moradores de rua do local, além de ter que gastar mais dinheiro para derrubar o prédio e quitar impostos com a Prefeitura. O que poderia inviabilizar o negócio. Hoje,  apenas arcaria com a compra do terreno já que o local foi esvaziado e o prédio derrubado. Além disso, não há mais qualquer dívida pendente do imóvel com órgãos públicos.

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