Coluna Marcus Valle e a pandemia social

Coluna Marcus Valle e a pandemia social

*Por Marcus Valle 


Baixa na administração

Administração Municipal teve um desfalque considerável, no que se refere a seu 1º escalão, Darwin pediu demissão. Era um secretário extremamente discreto, educado, eficiente e que tinha bom trânsito com a classe política, e que tinha bom contato com a classe política, (inclusive a oposição).

Pesca com redes

Para tirar qualquer dúvida sobre a evidente ilegalidade de se exercer a pesca profissional (e com redes ou tarrafas) nos lagos urbanos, o ideal é se acrescentar isso na lei (existe uma de minha autoria que permite usar barcos sem motor e proíbe nadar).

Está havendo grande polêmica pois estão armando enormes redes de pesca no Tanque do Moinho.

Centro: Com problemas

A infeliz, inoportuna e não prioritária reforma das praças centrais (a José Bonifácio está fechada há mais de 1 ano) reduziu consideravelmente o número de pessoas que frequentam o centro da cidade.

Isso tem causado enormes prejuízos aos comerciantes e prestadores de serviços do local e proximidades.

Aliás… o centro está abandonado, e com problemas enormes (segurança, calçadas etc.).

Trânsito ruim

O trânsito em Bragança além de lento é extremamente inseguro. Para trafegar 3 a 4 Kms até as áreas comerciais (centro – Lavapés- Matadouro – Taboão etc.), no horário comercial, leva-se quase meia hora.

Além do mais, são constantes acidentes (muitos envolvendo motocicletas), falta de estacionamento (excessos de zona azul cria áreas fantasmas), e, pior, verdadeira fábrica de multas (geradas por radares armadilhas).

Pronunciamento infeliz

Todos políticos cometem erros em declarações (uns mais, outros menos). O cansaço, o estresse, e o ressentimento, muitas vezes acabam por facilitar essas “ratas”.

Lula, por exemplo, político experiente, 3 vezes presidente, reviveu um adversário que estava em baixa, no ostracismo, e desmoralizado politicamente (Moro), dando a ele um destaque. Erro crasso.

Atentados 

 Esses casos absurdos de violência (o último de um adolescente que matou uma professora e feriu outras pessoas), tem acontecido com muito mais frequência em nosso país.

Antes, até a década 2000-2010, isso era raríssimo. Isso acontecia muito nos EUA, onde existem muitos extremistas. Lá, embora a lei seja rigorosíssima, (as penas são altíssimas e há prisão perpetua) temos muitos casos de seriais Killers, ataques em shows, escolas, franco atiradores; bombas em eventos esportivos etc.

Enfim… lá a criminalidade é menor (o número de homicídios é metade do nosso país), pois é um país rico, e com muito mais recursos.

Mas… os casos “bizarros”, “absurdos”, ataques de loucos e, ou, extremistas, são mais constantes.

Atentados: Causas

Em nosso país, de uns anos para cá, e a pandemia e a polarização odiosa da política, agravaram isso. Portadores de patologias mentais, e, ou extremistas, são “incentivados” por setores das redes sociais a cometerem esses atentados e ataques absurdos.

Aumentaram em muito os problemas na saúde mental da população, e isso gera intolerância, falta de empatia, individualismo, divórcios e separações, agressões aos mais vulneráveis (idosos, mulheres, gays, crianças, os mais pobres etc.). Conflitos por razões fúteis, e…. até esses ataques e crimes absurdos.

A questão de “saúde mental” deveria ser priorizada pelos governos (federal, estaduais e municipais), assim como campanhas de conscientização, prevenção, de pacificação.

Pandemia social

Como advogado em Bragança tenho observado (no escritório e nas ruas) que muitas pessoas estão mais carentes, intolerantes, agressivas, ansiosas, depressivas, esgotadas. Obviamente, isso é a receita para conflitos, cometimento de crimes, e até suicídios, além de agravamento da saúde física e mental.

Tenho visto nas ruas e em outros locais, discussões e brigas no trânsito, na fila de bancos ou repartições públicas, em bares e até entre colegas de trabalho etc.

Vejo) 1-pessoas casadas querendo se separar por problemas que seriam contornáveis; 2-pessoas solteiras se precipitando e entrando “de cabeça” em relacionamentos duvidosos; 3-muita gente julgando os outros com enorme rigor, mas paradoxalmente, se sentindo no direito de ter privilégios e nenhum dever; 4-muita gente que não tem empatia, não consegue se “colocar no lugar do outro”, só almejando levar vantagens.

É verdade que isso sempre aconteceu. Mas nos últimos 10 anos, se agravou como uma pandemia ou epidemia comportamental.

Problemas sociais se agravando

As pessoas em geral, cada vez acreditam menos nos governantes, na classe política, e nas instituições, e isso é um agravante.

Porém, se esquecem que os políticos são eleitos por elas e refletem o próprio eleitor.

Esse “circulo vicioso” só se “quebra” (difícil) ou se minimiza, com o exercício da cidadania, de uma participação sem fanatismo, e com a empatia (se colocar no lugar dos outros) que não se deve confundir com a falsa simpatia (própria dos falsos e estelionatários).

Devem as pessoas participar, e se informar em fontes confiáveis e independentes, e filtrar os conteúdos das redes sociais.

Mas, dizer que os cidadãos devem filtrar, seria até uma colocação ingênua e elitista, porque muitas pessoas mais carentes e condenadas pela própria exclusão social, não tem essa possibilidade.

Mas, isso cabe as pessoas conscientes, de caráter, e formadores de opinião. E aos bons políticos, que ainda existem (que não podem ignorar essa realidade).

Juro que é verdade

O filho do Dr. Nagashi Furukawa, Dr. Arthur, casou-se no ano de 2011.

Recebi o convite do casamento, e o Dr. Nagashi reiterou o convite e perguntou se eu iria, e eu confirmei.

Na noite do casamento, um sábado, coloquei um terno e fomos para a igreja do Rosário.

Chegamos junto com a noiva, e o pai da moça (eu conhecia) me disse que era legal eu ter ido no casamento.

Notei que ele estava constrangido, como se estivesse esquecido de me convidar.

De repente, me acendeu uma luz de alerta. O Dr. Nagashi havia comentado que sua nora era de outra cidade.

Olhei para o noivo no altar, e de longe já vi que ele não tinha traços orientais.

Fui até a sacristia e descobri: –O CASAMENTO QUE EU FUI CONVIDADO TINHA SIDO NA NOITE ANTERIOR (SEXTA FEIRA).

*Marcus Valle é advogado, professor universitário e ex-vereador. 

Contato: [email protected]

A Coluna do Marcus Valle é publicada todos os sábados. Para conferir as colunas anteriores basta clicar aqui.

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