Ministério Público notifica Prefeitura sobre “protocolo da Ivermectina”
No dia 24 de janeiro, o Em Pauta publicou com exclusividade a reportagem “Prefeitura orienta uso de medicamento sem comprovação científica contra COVID-19”. Na ocasião, apresentou um documento interno da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Bragança Paulista, que trata sobre uma orientação para que médicos das Unidades de Atenção Primária, prescrevam aos pacientes o uso de medicamento Invermectina. Medicamento este, que não possui comprovação científica de eficácia no tratamento da COVID-19.
Ontem, 17, tornou-se público que o Ministério Público de Bragança Paulista notificou a Secretaria Municipal de Saúde, pedindo informações sobre tal documento. A Prefeitura confirmou a notificação e já teria respondido o MP.
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No protocolo, assinado pela secretária municipal de Saúde, Marina de Fátima Oliveira, pelo médico clínico e nefrologista, Dr. Antonio Ricardo de Carvalho e pela médica ginecologista e obstetra, Dra. Roberta Bento Gonçalves, era utilizado o termo “PREVENIR infecções por SARS-Cov-2”, o que comprovadamente não existe, segundo as mais diversas entidades médicas.
“Ivermectina não é indicada nem como tratamento preventivo, nem como curativo para COVID-19. O Conselho Regional de Medicina e a Sociedade Brasileira de Infectologia emitiram documento público expressando essa posição, baseada na evidência científica atual”, afirmou na reportagem o médico infectologista Dr. José Ribamar Borges Mendes, da USF (Universidade São Francisco).
Inclusive, após a publicação da matéria do Em Pauta, no dia 4 de fevereiro, a própria farmacêutica Merck Sharp & Dohme (MSD), responsável pela fabricação da Ivermectina, emitiu um comunicado oficial afirmando que não existe base científica sobre a eficácia do medicamento produzido por ela, contra a COVID-19.
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