Tarcísio promete ajustes em concessões de rodovias na região

Na última sexta-feira (21), o governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, esteve em Pedreira para acompanhar as obras das barragens de Pedreira e Duas Pontes.
Todavia, em razão do início do processo de concessão do lote rodoviário Circuito das Águas, este tema acabou norteando o encontro, inclusive com discurso de Tarcísio sobre o tema. Dentro deste lote, estão inseridas as concessões e a duplicação das rodovias Capitão Bardoíno (SP-008), que liga Bragança Paulista a Socorro, e da Rodovia Alkindar Monteiro Junqueira (SP-063), que liga Bragança Paulista a Itatiba.
“EU NÃO ESTOU AQUI PARA PENSAR NO QUE É POPULAR”
O governador defendeu o modelo de concessões, que tem implementado em seu governo. “É popular fazer privatização? Não! Mas é necessário, é legado. Eu não estou aqui para pensar no que é popular, eu estou aqui para pensar no que vai fazer a diferença no futuro… Se a gente não fizer isso, ninguém vai fazer. Não está no modelo mental do político pensar assim. Ninguém gosta de pedágio, eu também não gosto. Agora imaginem se o Mário Covas, lá atrás, não tivesse feito concessões de rodovias no Estado de São Paulo. Como seria a infraestrutura de São Paulo hoje?”, disse.
“Ah, se a gente tiver concessão no Circuito das Águas o turismo vai embora? Não vai! Porque o turista, quando colocar na balança, que vai pagar um ‘pedagiozinho’, mas terá 187 quilômetros novos de duplicação e que vai andar com mais segurança, ele vai dizer: isso vale a pena. Eu penso assim”, argumentou o governador.
“Como vamos sair de Itatiba para Bragança em uma via duplicada? Como, de outra forma, você vai fazer 16 bilhões de investimentos? Bom seria se o Estado tivesse capacidade de fazer isso sem cobrança de tarifa. Mas acreditem, não é possível. Eu nunca vi investimento em infraestrutura tirar prosperidade. Sempre vi trazer prosperidade”, analisou.
Em um claro recado a políticos da região, Tarcísio defendeu ajustes no projeto e não críticas com viés eleitoral. “A melhor forma de fazer a diferença é participar da elaboração do projeto. A melhor forma de fazer a diferença é apresentar sugestão, é conversar. A porta está aberta. Para que a gente vai conspirar e trabalhar contra o projeto? Vamos sentar à mesa, vamos abrir o projeto, vamos conversar, vamos construir. É melhor que ficar com uma placa ‘não pedágio’. Até porque isso não me emociona”, afirmou.
PONTOS DE PEDÁGIO
De acordo com o projeto inicial, constam dois pórticos (pedágios) na SP-063 e três pórticos na SP-068. Tanto o prefeito Edmir Chedid quanto o secretário de Mobilidade Urbana, Felipe Carraro de Araújo, e o consultor Rogério Alves dos Santos solicitaram adequações no projeto. O prefeito recebeu em seu gabinete o secretário estadual de Parcerias e Investimentos, Rafael Benini, no dia 20 de fevereiro. Já os representantes da pasta de Mobilidade participaram de audiência pública em Campinas.
- SP-063 | Pórtico no km 35 (Restaurante Farroupilha) | Valor estimado R$ 1,60
- SP-063 | Pórtico na Rua Itapechinga (Bairro Santa Luzia) | Valor estimado R$ 3,04
- SP-008 | Pórtico na Rotatória do Tasca | Valor estimado R$ 2,08
- SP-008 | Pórtico no acesso à Pedra Bela | Valor estimado R$ 1,15
- SP-008 | Pórtico no acesso à Pinhalzinho | Valor estimado R$ 4,09.
Apesar de na audiência constar pedágios na Santa Luzia e no Tasca, vale lembrar, que o secretário Rafael Benini na reunião em Bragança já havia se comprometido que não teria pedágios nos trechos urbanos, ou seja, a expectativa é que ambos sejam remanejados.
AJUSTES SERÃO REALIZADOS, GARANTE GOVERNADOR
Após o evento em Pedreira, a reportagem do Jornal Em Pauta questionou o governador Tarcísio de Freitas sobre a polêmica dos pedágios Free Flow em trechos urbanos de Bragança Paulista.
“Toda vez que a gente faz uma estruturação de concessão, acontecem essas coisas. Na audiência, percebe-se melhor esses problemas e, a partir daí, constroem-se as soluções. É um problema recorrente e é um problema que a gente está acostumado a tratar também”, relatou.
“A importância de você ter uma ligação duplicada de Itatiba e Bragança, de Bragança a Socorro, acho que isso é o que é importante. O resto agora é o ajuste fino que a gente vai fazer nessa próxima etapa”, garantiu, indicando que adaptações serão realizadas.
“Podem ter certeza de que o que vai sair, o que vai para o leilão, será absolutamente diferente do que entrou na consulta pública. Porque a consulta pública é justamente para isso. Consulta pública não é para cumprir uma etapa, ela é realmente para ouvir, para a gente perceber esses problemas. E ninguém percebe mais os problemas do que quem está diante dos problemas todos os dias, e a partir daí a gente faz os ajustes”, concluiu Tarcísio de Freitas.
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