Troca de exames de COVID: paciente recebe resultado errado na UPA
A paciente Priscila Ordalia de Oliveira viveu momentos de tensão entre quarta-feira, 7, e quinta-feira, 8, após procurar atendimento na UPA Vila Davi, em Bragança Paulista.
Com sintomas de COVID-19, como tosse e diarreia, ela foi até a unidade gerida pela Prefeitura de Bragança Paulista, em busca de atendimento médico.
Lá, fez um teste de antígeno e foi informada pela médica que estava de plantão, que o resultado era positivo.
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Imediatamente, além de se preocupar com a sua própria saúde, ela ligou para os familiares, para que pudessem se isolar, como recomenda os protocolos sanitários.
“Liguei para o meu marido, para minha família e falei que era positivo. Todo mundo perdeu o dia de serviço para poder fazer um teste”, disse.
O procedimento é importante justamente para que não haja mais contaminações.
Para surpresa dela, no entanto, de tarde quando já estava sendo medicada como se tivesse COVID-19, sua irmã pediu para ler o exame.
Foi então que Priscila e a irmã levaram um susto.
O resultado era sim positivo, mas o nome que estava ali no documento não era o de Priscila. Imediatamente ela, que chegou a ficar isolada da filha de apenas 2 anos, teve duas reações: procurar a UPA Vila Davi para esclarecer o ocorrido e ligar para o telefone que constava no exame que pertencia a outra paciente, chamada Larissa Vanessa de Castro, para avisá-la que seu teste era positivo.
“O cara da administração da UPA olhou para minha cara e deu risada. Eu estava tomando remédio para COVID-19. Ele perguntou se eu conhecia a pessoa. Não conheço, mas no documento tem o telefone. Eu precisava avisá-la, afinal o teste era positivo”, disse, preocupada.
O mais estranho da situação é que a dona do exame positivo, Larissa, sequer esteve na UPA Vila Davi.
Ela na verdade fez o exame de PCR na Santa Casa, pelo seu plano de saúde, no dia 26 de junho e no lugar do resultado positivo, recebeu o resultado de um teste negativo, que ela tinha feito anteriormente, no mês de abril.
Como a segunda paciente estava com muitos sintomas e dor de cabeça, no entanto, acabou ficando em casa, em home-office já que sua patroa achou que o exame poderia ser um falso negativo. “Eu voltei a trabalhar mas como estava mal ainda, minha chefe pediu para eu trabalhar home office, porém se ela não tivesse tido essa consciência eu poderia ter contaminado algumas pessoas”, ressalta Larissa.
Nenhuma das duas entendeu até agora, como os exames foram trocados e buscam por explicações. “Foram um conjunto de erros, que poderiam ter levado alguém a óbito”, ressalta Larissa que passou mal por muitos dias, sem saber verdadeiramente que estava contaminada.
Na UPA, Priscila exigiu que fizessem um novo teste já que depois da troca, não acreditou no novo papel que lhe entregaram. O resultado foi negativo.
O Em Pauta questionou a Prefeitura de Bragança Paulista na quinta-feira, 8, sobre o ocorrido, se entraram em contato com as pacientes e quais providências foram tomadas. Todavia, até a publicação desta reportagem não obtivemos respostas do secretário de Comunicação, Thiago Morais.
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Importantíssimo que se apure o ocorrido. Isso é gravíssimo e cabe processo cível. Além de Sindicância dentro da Prefeitura para apurar os culpados pelo engano.