Funcionários pedem aumento de 20% e guardas protestam sobre horas extras

Os funcionários da Prefeitura de Bragança Paulista estão solicitando um aumento salarial de 20% em seus salários. A proposta foi aprovada durante assembleia do SISMUB – Sindicato dos Servidores Municipais de Bragança Paulista e Região e encaminhada para o prefeito Amauri Sodré. O sindicato solicitou que a Prefeitura agende uma reunião com a categoria e sinalize até o dia 24 de fevereiro se a proposta será ou não aceita.

Na data, está marcada uma nova assembleia dos servidores referente a Campanha Salarial de 2023.

[exactmetrics_popular_posts_inline]

De acordo com o SISMUB, dos 20% solicitados, 6% seria de reposição salarial e 14% de aumento real. Os funcionários esperam que haja aumento real para que não percam o poder de compra devido à inflação.

Além do aumento, os servidores reivindicam ainda R$ 1 mil de vale-alimentação e contratação de plano de saúde para servidores e dependentes, custeado pelo município. Também lutam por 6 faltas abonadas e 4 faltas de acompanhante por ano, para que possam acompanhar os filhos menores de idade e idosos em consultas médicas, por exemplo.

PROTESTO DOS GUARDAS

Além do pedido de aumento de 20%, a semana foi marcada ainda por protestos de uma das categorias de servidores: a Guarda Civil Municipal. A Associação dos Guardas Civis Municipais de Bragança Paulista emitiu na quinta-feira (9) uma nota de repúdio contra a administração do prefeito Amauri Sodré/Grupo Chedid.

Para os guardas há um “descaso” da administração com a categoria. “Infelizmente, há total falta de zelo com o material mais importante da Secretaria de Segurança Pública de nossa municipalidade que é o material humano, os guardas civis municipais estão sendo totalmente desprezados”, diz a nota.

Os guardas reclamam do “não cumprimento da Lei Complementar Municipal nº 709, do ano de 2011 que trata da evolução funcional dos guardas” e que desde a sua vigência nenhum Guarda Civil foi promovido ou progrediu.

Ressalta ainda que houve investimentos em armas e viaturas, mas não no material humano. “Aqueles que operam tais materiais estão sendo ignorados e não recebem da municipalidade qualquer retorno laboral positivo e incentivador”, diz a nota.

Os guardas reclamam que a atual gestão além de não contratar novos guardas, apesar de existir concurso público em vigência, cortou horas extras durante o ano, mas que agora, às vésperas do Carnaval escalou os mesmos para trabalhar. “As escalas (extras) foram retiradas sob a justificativa de insuficiência de recursos, no entanto no mês de fevereiro de 2023 os GCM’s foram surpreendidos com convocação para labor extra no Carnaval. período este de extremo desgaste psicológico para o empregado vez o grande aumento de ocorrências, além de se tornar claro a existência de recursos para financiar as horas extras, faltando portanto interesse no bem estar do Guarda Civil Municipal”, diz a nota.

Insatisfeitos, os guardas ainda ressaltam na nota que atualmente a corporação tem “condições de trabalho debilitantes” e que por isso “diversos guardas civis municipais, encontram-se em tratamento ou afastados para tal em razão de moléstias de ordem psicológica derivada da sobrecarga de trabalho e remuneração incompatível”, conclui a nota, acrescentando que muitos deixaram a corporação nos últimos anos para seguir com outros empregos.

Entre nos grupos de notícia do WhatsApp do Jornal Em Pauta ou do Telegram
 Siga o Bragança Em Pauta no Instagram e no Twitter