Ônibus operam com 50% da frota em Bragança e supermercados limitam quantidade de produtos
Apesar das medidas anunciadas pelo governo como o fato de ter zerado a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE), a aprovação pela Câmara dos deputados da isenção do PIS/Confins sobre o diesel e o anúncio feito pela Petrobras de redução nas refinarias do diesel em 10%, a grave dos caminhoneiros continua em todo o país.
Os reflexos são sentidos por todos os cantos já que a paralisação começou há 4 dias.
Em Bragança Paulista, os postos que tinham combustíveis nesta quinta-feira, 24, permaneceram o dia inteiro lotados, com enormes filas.
Na noite de hoje, o jornalista e fotógrafo Filipe Granado registrou imagens da pista do Posto Capivarão, na Avenida Dom Pedro I.
Nos supermercados já é possível sentir falta de algumas marcas de leite e derivados. E as frutas e verduras quando encontradas são em pouca quantidade e já não tão frescas.
No supermercado Mercadão da Santa Luzia, uma cartaz avisa os clientes que devido a paralisação os estoque estão acabando. A direção optou por limitar a venda de todos os itens em seis unidades por cliente, conforme mostra o cartaz e nas prateleiras já não havia mais leite.
No Spani, na tarde de hoje, 24, leitores relataram à reportagem que faltava algumas frutas e verduras e que não havia nas prateleiras todas as marcas de leite. Também notaram, que havia bem menos ovos nas prateleiras do que o normal.
Quem procurou o supermercado Esperança na tarde de ontem, relatou a falta de alguns cortes de carne. Hoje a informação foi que o estoque de ovos estava acabando.
A falta de gás de cozinha também já é sentida. Uma leitora disse que depois de tentar comprar gás em cinco lugares, achou em apenas em um e pagou R$ 80,00 pelo botijão da Liquigás.
Os protestos em Bragança
Os protestos na cidade aconteceram pela manhã, na Avenida Dom Pedro I, no Lago do Taboão, e foi organizado por motoristas de vans de turismo e transporte escolar. Após a concentração no local, os motoristas se dirigiram até a Rodovia Fernão Dias.
O protesto na Capitão Barduíno, um pouco para frente da Santher, foi retomado durante a noite, com adesão de alguns caminhoneiros. Ônibus e carro de passeio, circulam normalmente.
Os manifestantes foram até Atibaia e retornaram para Bragança Paulista, realizando durante a tarde um protesto em frente à empresa Santher e posteriormente um pouco mais frente na mesma rodovia. Havia previsão de uma manifestação de caminhoneiros em frente ao Poupatempo, pela manhã, mas a mesma fracassou.
As informações são de que em Socorro, até motoristas de tratores aderiram o protesto e pararam a rodovia. Lá a manifestação começou na quarta-feira, 23.
Transporte
A Empresa Nossa Senhora de Fátima reduziu a operação. A empresa trabalha desde hoje, 24, com menos ônibus nas ruas. Para sexta-feira, a previsão é de que 50% da frota esteja circulando. E
Em nota, a Prefeitura de Bragança Paulista informou que mantém as aulas na rede municipal e que o serviço de transporte de alunos da rede municipal de ensino, que é ofertado pela Prefeitura, será realizado normalmente.
A administração garantiu ainda que as demais prestações de serviço da Administração Municipal, em especial a segurança e saúde pública continuam normalmente. “O objetivo da Prefeitura é buscar as melhores alternativas para diminuir o impacto à população, garantindo a ordem, a segurança e a normalidade, dentro das possibilidades’, diz a nota.
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Aulas suspensas
A Fundação Municipal de Ensino Superior de Bragança Paulista (FESB) suspendeu as aulas desta quinta-feira, 24, para garantir à segurança dos alunos que vem de outras cidades, onde acontece os protestos.
O Instituto Federal de Bragança Paulista orientou que professores que não façam chamadas e nem atividades avaliativas a princípio, até sábado, 26, para não prejudicar os alunos que por falta de combustível ou paralisação de motoristas não consigam chegar à escola.
A Universidade São Francisco (USF) suspendeu as aulas até que a situação seja regularizada. Os demais serviços como laboratórios, bibliotecas, centrais de coordenação e atendimento continuam à disposição dos alunos e docentes.