Funcionário da Prefeitura morre após queda de escada apoiada em carro alegórico

O funcionário da Prefeitura Municipal de Bragança Paulista, Mauro Aparecido de Moraes Leme, de 60 anos, morreu na madrugada desta quinta-feira, dia 2 de março.

Ele estava internado desde a madrugada de segunda-feira, dia 27, no  Hospital Universitário São Francisco (HUSF), após cair de uma escada na Passarela Chico Zamper, de uma altura de cerca de 10 metros.

Segundo o apurado, ele subiu em uma escada para retirar parte de uma alegoria de anjo do último carro da Escola de Samba Dragão Imperial, quando acabou caindo, pois o carro andou. Na concentração a escola já tinha tido problemas no desfile por causa do tamanho deste carro alegórico.

Após a queda, Mauro foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) com traumatismo craniano e fratura na costela.

Em nota divulgada no dia seguinte ao acidente, a Prefeitura classificou o caso como uma fatalidade.

Apesar de no regulamento do Carnaval 2017, elaborado em conjunto pela Prefeitura e Liga Independente das Escolas de Samba de Bragança Paulista, existir limite de largura dos carros,  não há altura máxima de alegoria.

Em anos anteriores, tanto na concentração quanto na dispersão, além de funcionários da Prefeitura, havia também guinchos contratados pela Prefeitura para realizar a retirada dos componentes das alegorias e poder montar e desmontar parte das alegorias.

Segundo o apurado pela reportagem, a queda foi registrada na Polícia Civil e será apurada através de Inquérito Policial.

A trágica morte do funcionário abre uma  discussão: quem tem que ser responsável por estes serviços realizados tanto na concentração quanto na dispersão do Carnaval: Prefeitura ou LIESB?

Importante oportunidade também para que a Prefeitura reflita sobre a segurança de seus funcionários, principalmente os da Secretaria de Serviços, não só na passarela, mas no dia a dia de trabalho, porque muitos mexem com eletricidade, outros tantos em telhados, sem contar o que fazem manutenção nas vias públicas, muitas vezes sem qualquer sinalização adequada, proteção nos olhos, calçados próprios, capacetes, etc.